Aprender Criança 2024

Dados do Trabalho


Título

ABRINDO PORTAS PARA O APRENDIZADO: INTERVENÇAO PSICOPEDAGOGICA PARA SUJEITOS COM DISLEXIA.

Objetivos

• Identificar instrumentos validados e adequados à faixa etária e nível educacional do indivíduo, embasados em pesquisas científicas;
• Selecionar os instrumentos que fornecem informações relevantes para o planejamento de intervenções individualizadas e eficazes;
• Auxiliar no aprimoramento das práticas psicopedagógica para sujeitos com dislexia, promovendo uma educação mais inclusiva e eficaz.

Material e Método

Para se operacionalizar técnica e instrumentalmente este estudo, se optou por realizar na presente pesquisa uma revisão de literatura integrativa (COOPER, 2010). Dessa forma, foram realizadas buscas por instrumentos para intervenção em sujeitos com a dislexia, com base nos seguintes descritores: dislexia, transtornos de aprendizagem, intervenção psicopedagógica.
Importante ressaltar que a intervenção em dislexia deve ser multissensorial, utilizando diferentes canais sensoriais para estimular o aprendizado, e personalizada, considerando as necessidades individuais de cada sujeito.
A seleção dos instrumentos detalhados aqui se baseia em um público específico: crianças a partir dos 9 anos que ainda não foram alfabetizadas e necessitam iniciar o processo de intervenção psicopedagógica. Cada ferramenta foi escolhida estrategicamente para atender às necessidades e características únicas dessa faixa etária, promovendo uma intervenção abrangente e personalizada.

1. Batalha das Rimas - O material foi desenvolvido para trabalhar a habilidades de consciência fonológica (rimas) em crianças na fase de alfabetização.
2. Batalha das Sílabas - O material foi desenvolvimento para trabalhar a habilidade de consciência silábica em crianças na fase de alfabetização.
3. Memorizando e Organizando – Esse jogo trabalha nossas habilidades de memorizar e organizar as palavras nas frases.
4. Prof-Le Programa de Intervenção Fonológica Associada a Leitura e à Escrita - é uma intervenção baseada no modelo de remediação fonológica associada a leitura e a escrita.
5. 444 Histórias para Trabalhar Leitura - Este material é composto de 444 histórias curtas para trabalhar decodificação e compreensão de leitura de formas variadas.
6. Detetive Manipula - O objetivo do jogo é recuperar o maior número de objetos roubados. O jogador que descobrir e recuperar mais objetos vencerá.
7. Bingo do Lidinho - Procurar palavras neste jogo de bingo é uma ótima maneira de favorecer a habilidade do reconhecimento de palavras e, ao mesmo tempo, desenvolver o vocabulário dos escolares.
8. Coleção de Histórias Para o desenvolvimento de Rima e Aliteração – Volume I - Histórias para o desenvolvimento de rima e aliteração apresenta oito livros destinados a promover habilidades metafonológicas de rima e de aliteração e de expansão de vocabulário.
9. Atividades Corretivas Vol. 1 de Leitura Escrita: Guia prático para Disléxicos e Pré-Escolares - Apresenta atividades práticas e ilustradas para o desenvolvimento da consciência fonológica e exercícios envolvendo a estimulação visual-tátil e vinestésicos.
10. Atividades Neuropsicopedagógicas de Intervenção e Reabilitação - Vol. 4 Atenção, Memória Visual e Auditiva, Memória de Trabalho, Raciocínio Lógico, Planejamento, Linguagem.

Resultados

O psicopedagogo atua como um maestro da aprendizagem, conduzindo o indivíduo em sua jornada educacional. Hoje há um grande destaque para os problemas de aprendizagem, entre eles o Transtorno de Aprendizagem Específico da Leitura, conhecido como dislexia, que é um transtorno do neurodesenvolvimento.
A dislexia pode trazer consigo desafios que vão além das dificuldades na leitura e escrita. O impacto psicológico também pode ser significativo, afetando a autoestima, a confiança e a motivação da criança.
Desta forma, nesta jornada, nosso objetivo foi desvendar e mapear os mais diversos e atuais instrumentos da psicopedagogia, utilizados na intervenção de crianças com dislexia a partir dos 9 anos, que ainda estão em processo de alfabetização. Fizemos um levantamento dos principais instrumentos que utilizamos, onde foram computados 10 diferentes instrumentos, divididos entre jogos, livros literários e livro com atividades direcionadas.
Desta forma, os jogos dos quais selecionamos vão de acordo com os que os autores apontam, pois são instrumentos que trabalham as habilidades de consciência fonológica, como rima, aliteração, bem como estimula habilidades do processamento auditivo central, de linguagem e habilidades cognitivas como atenção, memória de curto prazo e memória operacional, habilidades das quais precisam ser trabalhadas em sujeitos com dislexia.
Embora os jogos sejam ferramentas valiosas para o aprendizado, é importante ressaltar que sua aplicação não deve ser livre e sem direcionamento.
Os últimos instrumentos dos quais escolhemos para análise deste trabalho foi a coleção da Simaia Sampaio o volume I e IV, o primeiro apresenta atividades práticas e ilustradas para o desenvolvimento da consciência fonológica e exercícios envolvendo a estimulação visual-tátil e cinestésicos. Enquanto o volume IV são atividades das quais envolve a atenção, memória visual e auditiva, memória de trabalho, raciocínio lógico, planejamento, linguagem dos quais são aspectos essenciais que precisam ser trabalhados com as crianças em processo inicial de alfabetização.

Conclusões e implicações dos resultado

Atendendo aos nossos objetivos de investigação, observa-se que atualmente, pode se identificar um grande número de recursos dos quais estão em desenvolvimento para auxiliar o mediador psicopedagogo no processo de ensino aprendizagem com o sujeito que apresenta dislexia.
Contudo, recursos esses que vão de jogos, livros, recursos tecnológicos, como sites, jogos online, é necessário considerar que o psicopedagogo precisa ter conhecimento sobre o que é dislexia, bem como conhecer bem o sujeito do qual irá fazer a intervenção, compreendendo que cada sujeito é único, e que um recurso não deve ser utilizado para todos os sujeitos da mesma forma.
Desta forma, podemos observar em nosso trabalho que esses recursos podem ser adequados a diversas idades, bem como as diferentes necessidades do sujeito com dislexia, e que para esses instrumentos sejam usados da melhor maneira possível na intervenção psicopedagógica é essencial que o profissional saiba das questões teóricas dos quais envolve o transtorno de aprendizagem em dislexia, para assim, poder articular teoria e prática de forma a mediar o processo de aprendizagem da criança com dislexia e assim mesma evoluir em seus caminhos acadêmicos.
Este estudo não busca apresentar resultados definitivos, mas sim abrir um portal para um universo de possibilidades que se descortinam para o psicopedagogo que deseja trabalhar com indivíduos disléxicos. É um convite para explorarmos juntos as diversas frentes de atuação e o impacto que podemos gerar na vida desses sujeitos disléxicos.

Área

Transtornos em neurodesenvolvimento

Categoria

Educador

Instituições

Clínica de Psicopedagogia - São Paulo - Brasil

Autores

PATRÍCIA MARIA LIGORIO QUINTINO DE SOUZA NERI, JACQUELINE DE OLIVEIRA VEIGA IGLESIAS, MÁRCIA GUIMARÃES OLIVEIRA DE SOUZA, ANA BEATRIZ DOS SANTOS CARVALHO